O preço Psicológico da Conectividade
Nos últimos anos, o impacto da tecnologia na saúde mental tem sido uma preocupação crescente em diversas faixas etárias, especialmente com o aumento da conectividade digital e o uso intensivo das redes sociais. De acordo com dados recentes de organizações de saúde, o uso excessivo de dispositivos e plataformas online tem afetado negativamente o bem-estar emocional de crianças, jovens e adultos.
De acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de adolescentes com sintomas de depressão aumentou em 50% nos últimos 10 anos, e uma das principais causas identificadas é o uso excessivo das redes sociais. Em uma pesquisa realizada pela American Psychological Association (APA), 63% dos jovens entre 13 e 18 anos afirmaram sentir-se mais ansiosos após o uso de plataformas como Instagram, Facebook e TikTok.
A comparação constante com outras pessoas, a busca por validação através de “likes” e a pressão para manter uma imagem perfeita têm levado a uma crescente sensação de inadequação e solidão entre os adolescentes. A psicóloga Fernanda Silva, especialista em saúde mental juvenil, explica que “os jovens estão cada vez mais expostos a padrões irreais de sucesso e beleza, o que contribui para o aumento de quadros de ansiedade, depressão e até transtornos alimentares.”
Com esses dados alarmantes, surge a necessidade de um uso mais equilibrado e saudável da tecnologia. Especialistas recomendam a criação de limites claros para o uso de dispositivos, promovendo atividades offline, como esportes e interação social, além de monitoramento adequado do conteúdo consumido.A American Academy of Pediatrics sugere que crianças de 2 a 5 anos devem ter no máximo uma hora de tela por dia, enquanto para os adolescentes, a recomendação é que o uso seja supervisionado e balanceado com outras atividades, como
estudos e momentos de lazer offline.
Embora a tecnologia traga benefícios indiscutíveis, como a comunicação instantânea e o acesso a informações, os dados apontam para uma necessidade urgente de maior conscientização sobre os seus impactos na saúde mental. Em tempos em que as fronteiras entre o digital e o real se tornam cada vez mais tênues, é essencial que indivíduos, escolas e empresas tomem medidas para garantir um uso saudável da tecnologia, prevenindo problemas como ansiedade, depressão e burnout.
É oque podemos observar no versículo abaixo cuja a ideia central tem a ver com a saúde mental e à tecnologia no qual a importância de “treinarmos” nossa mente para discernir o que nos faz bem e o que nos faz mal fica pertinente, especialmente em um mundo cada vez mais digital, onde a exposição a informações e estímulos é constante. O processo de desenvolver essa maturidade exige prática constante, reflexão e, muitas vezes, a necessidade de buscar
equilíbrio, especialmente no uso das tecnologias:
“mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal. “
Hebreus 5:14.
Já oque está escrito em Romanos 10:17 nos fala sobre a importância de “ouvir” aquilo que nos traz paz, esperança e encorajamento. Em um mundo tecnológico, devemos ser consciente daquilo que absorvemos, guiando nossa mente para um caminho de paz, sabedoria e bem estar:
“Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.”
Rm. 10:17
A Bíblia também fala que não devemos nos moldar aos padrões do mundo, mas sim, viver perante a Deus, ouvindo a palavra sagrada em primeiro lugar e transformando a mente para viver de forma diferente, não nos deixando influenciar por valores e comportamentos que afetam a Deus:
“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rm. 12:2.